São
muitas as pessoas insatisfeitas com o próprio corpo. Mesmo suando por meses
seguidos na academia, algumas gordurinhas teimam em permanecer. Na busca pela forma
física “perfeita”, as cirurgias plásticas são vistas por muitos como uma
solução definitiva. Não à toa, o Brasil é líder no ranking de cirurgias
plásticas no mundo, segundo dados da Sociedade Internacional de Cirurgia
Plástica Estética (ISAPS). E o procedimento mais realizado pelos brasileiros é
a lipoaspiração, desbancando a colocação de próteses de silicone.
E
se depender dos avanços da tecnologia, a tendência é que o número de lipoaspirações
continue crescendo. A última novidade é o uso de laser na cirurgia, que ficou
conhecida, então, como lipo a laser. Recém-introduzida no mercado brasileiro, a
técnica vem chamando a atenção de quem busca melhorar a aparência sem os riscos
inerentes ao método tradicional.
Na
lipo tradicional, a gordura, ao invés de ser liquefeita, é submetida a lesões
feitas com movimento repetitivo por meio de um pequeno tubo chamado cânula. As
células adiposas são quebradas e, então, aspiradas. Na lipoaspiração a laser, por
sua vez, a gordura é liquefeita por meio da ação de um laser, seguida da
aspiração dos resíduos. As restrições para quem quer se submeter a uma cirurgia
de lipo a laser são as mesmas para o procedimento tradicional. O paciente deve
estar com a saúde em dia e ter como objetivo eliminar a gordura localizada.
Uma
das vantagens da nova técnica é poder utilizar qualquer um dos tipos de
anestesia: local, geral ou peridural. A escolha depende da área a ser tratada,
de sua extensão, da complexidade da cirurgia e da preferência do profissional.
O tipo de anestesia e sedação será definido de acordo com as características da
cirurgia, que varia de paciente para paciente.
Geralmente,
o relato do pós-operatório de quem se submeteu a uma lipoaspiração não é
animador. A recuperação inclui dor, inchaço e hematomas, que acompanham o
paciente por semanas. Por não exigir a realização de movimentos repetitivos ou
uso de força para a quebra da gordura, a lipo a laser é menos invasiva,
favorecendo uma recuperação mais rápida. A nova técnica causa menos traumas
comparada ao procedimento tradicional, agredindo menos o corpo, provocando
menos dor e acelerando a recuperação. Alguns pacientes podem voltar a realizar
atividades normais, como andar e fazer exercícios leves, logo no primeiro dia
após a cirurgia.
Outra
dúvida que acomete quem deseja fazer uma lipoaspiração é em relação à flacidez
da pele após a cirurgia. Embora exista uma tendência natural para a retração da
pele após a lipoaspiração, quanto maior a quantidade de gordura aspirada, maior
a tendência de flacidez residual, que também está relacionada à idade do
paciente e às condições da pele. Com o uso da técnica a laser, entretanto, o
efeito é minimizado, já que o calor estimula a produção do colágeno e a
retração da pele, que diminui a flacidez na área.
Mesmo
com essas vantagens, é necessário alertar que os cuidados pós-operatórios devem
ser mantidos e o procedimento continua sendo invasivo e, portanto, deve ser
realizado em centro cirúrgico. O local precisa ter condições de atender a
quaisquer complicações, como queda de pressão arterial ou do nível de glicose.