A
campanha Outubro Rosa ganhou o mundo no ultimo mês. Diversos monumentos foram
iluminados de rosa e não faltaram homenagens e ações para alertar as mulheres
sobre os riscos e incentivar a prevenção e o diagnóstico precoce de câncer de
mama. O cenário da doença é preocupante, o tumor é o tipo mais frequente no
mundo e a principal causa de mortalidade feminina no Brasil, acometendo cerca
de 50 mil mulheres anualmente, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer.
Além
da taxa de mortalidade, que continua alta no país, a doença ainda pode causar
sérios danos à autoestima das mulheres, já que em casos avançados da doença, a
retirada parcial ou total da mama se faz necessária. E como as mamas refletem,
em nossa sociedade, a feminilidade, qualquer alteração estética é capaz de
desencadear casos de depressão e é vista como uma verdadeira mutilação. Com os
avanços da medicina nas últimas décadas, os procedimentos cirúrgicos para a
retirada de tumores são menos invasivos. Dessa forma, a necessidade da retirada
total do seio é cada vez menor.
A
reconstrução mamária é um direito do paciente, garantido por lei federal. Pacientes
acometidas pelo câncer de mama podem realizar a reconstrução imediatamente após
a intervenção cirúrgica para a retirada do tumor. Assim, elas não sofrem os
danos psicológicos que a perda do seio causa em sua autoestima.
A
técnica de implante utilizada dependerá do tratamento utilizado contra o
câncer. Na reconstrução realizada imediatamente após as mastectomias parciais,
a técnica mais utilizada é o implante de silicone. Se a reconstrução é tardia,
pode ser necessário utilizar um expansor de pele, que é inflado gradativamente
com soro fisiológico, esticando a pele para comportar, posteriormente, a
prótese de silicone. A alternativa só é
dificultada em casos de sessões agressivas e constantes de radioterapia, pois
pode inviabilizar o uso de alguns tecidos do corpo.
No
caso da mastectomia total, ou seja, da retirada completa da mama, pele e
músculo da região podem não ser suficientes, sendo necessário o uso de pele e
músculos de outra região do corpo, o chamado retalho cirúrgico. Pele e músculos
de outras regiões, como costas ou parte inferior do abdômen, são mobilizados e
utilizados para construir uma nova mama. A prótese de silicone pode, então, ser
implantada em alguns casos.
Esse
tipo de procedimento, no entanto, é mais complexo, com recuperação mais
demorada e cicatrizes mais extensas. A prevenção é sempre o melhor caminho, já
que o diagnóstico precoce do tumor acarreta em uma cirurgia menos invasiva, com
pouca retirada de tecido mamário.
Seja
qual for o tipo de prótese adotada, a paciente deve ficar atenta às
recomendações médicas para o período pós-cirúrgico, como restrição de
movimentos e atividades físicas de grande impacto e repouso. Uma avaliação
médica cuidadosa para saber qual o procedimento ideal para o caso é essencial.
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