Queda de cabelo pode ser contornada com implante de fios saudáveis de
área doadora. Especialista detalha o procedimento.
De repente, os fios de cabelo
começam a rarear e o couro cabeludo começa a ficar exposto. Nada afeta mais a
autoestima do que a perda progressiva dos cabelos, sintoma da temida calvície.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que a perda de cabelo atinge
cerca de 50% dos homens com até 50 anos. Entre os jovens de 20 e 30 anos, pelo
menos 10% são atingidos pela calvície.
Chamada de alopécia
androgenética, o problema é mais comum no sexo masculino, graças à ação do
hormônio testosterona. Esse hormônio, presente em maior quantidade nos homens,
determina o afinamento e distribuição do bulbo capilar, a raiz do cabelo.
Não existe idade para que os
primeiros sinais de queda de cabelo apareçam, mas a calvície é mais preocupante
em pessoas mais jovens, antes dos 20 anos. Quanto mais tardio for o
aparecimento dos sintomas, mais branda e lenta será a calvície.
A calvície pode ser herdada
pelo código genético da mãe, do pai ou dos dois, podendo atingir uma geração
inteira ou apenas alguns filhos. Além do fator genético, outros elementos podem
desencadear a queda dos cabelos, como anemia, alteração da função da tireoide,
excesso de oleosidade, estresse, deficiência vitamínica, excesso de tração dos
fios e uso de produtos inadequados, como alguns tipos de escovas progressivas que
acabam danificando os fios. Antes de escolher o melhor tratamento para a
calvície, as causas do problema precisam ser investigadas.
Quando a causa do problema é de
origem genética, não existe cura. Alguns tratamentos apenas desaceleram a queda
do cabelo. O único método que permite o crescimento de fios é o implante
capilar. Segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia de Restauração Capilar,
nos últimos anos, houve um aumento de 20% na procura por transplante capilar
entre homens jovens de 25 e 30 anos.
O cabelo do próprio paciente
serve como doador, sendo retirado do couro na hora da cirurgia e implantado,
fio por fio, nos folículos da área calva. Cada sessão implanta até 5 mil
unidades foliculares – um folículo reúne de um a quatro fios – e deve haver um
intervalo de um ano e meio entre uma e outra. Com as técnicas modernas, as
chances de sucesso na operação chegam a 95%.
A operação, que pode durar
entre 4 e 5 horas, é feita em consultório ou hospital, com anestesia local e
sedação, e, na maioria dos casos, o paciente recebe alta ambulatorial no mesmo
dia. Os fios de cabelo são retirados de uma fita na parte posterior da cabeça,
que é fechada com pontos. Posteriormente, inicia-se a separação dos fios, que
são introduzidos na área calva com a ajuda de agulhas especiais.
Os resultados ao final da
cirurgia irão depender de diversos fatores, como cor, textura, espessura,
densidade dos fios da área doadora e extensão da área a ser transplantada.
Dessa forma, alerta o especialista, não é razoável comprar resultados de forma
aleatória, desconsiderando esses fatores.
O pós-operatório em casos de
implante capilar não é doloroso, caso sejam respeitadas as recomendações
médicas. O retorno às atividades normais ocorrem no dia seguinte à cirurgia e o
paciente deve ficar atento à forma correta de lavar os cabelos, para não lesar
as cicatrizes. Além disso, não deve haver exposição ao sol o primeiro mês após
o procedimento, evitando também as atividades físicas intensas.
Na evolução do crescimento
capilar existem três fases distintas, que são reproduzidas nos fios
transplantados. Até 2 meses após o implante, os fios caem, voltando a crescer
após algumas semanas de forma definitiva. Esta é uma fase de ansiedade natural
que é contornada com o conhecimento das informações evolutivas da cirurgia da
calvície. Após três meses, os fios começam a crescer normalmente, e, após um
ano, já apresentam um aspecto mais natural.
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